Polícia Federal cumpre mandados de busca e apreensão para investigar vírus letal em ararinhas-azuis na Bahia

  • 03/12/2025
(Foto: Reprodução)
PF faz operação para investigar origem do vírus que ameaça ararinha-azul, na Bahia A Polícia Federal cumpre, nesta quarta-feira (3), cinco mandados de busca e apreensão em Curaçá, no norte da Bahia, e em Brasília, no Distrito Federal, referentes a investigação sobre o vírus letal que atinge as ararinhas-azuis, espécie em extinção. De acordo com as investigações, empresas que fazem a reintrodução dos animais à natureza na Bahia teriam descumprido protocolos sanitários. 🔎 ENTENDA: O circovírus é um patógeno potencialmente grave e letal. Segundo o ICMBio, ainda não se sabe como as espécies brasileiras reagirão ao vírus, uma vez que, até esta ocorrência, não existia registro da doença em animais de vida livre no Brasil. O vírus danifica os bicos e penas das ararinhas, mas não infecta humanos nem aves de produção. Por meio de nota, o Criadouro Ararinha Azul informou que o estabelecimento sempre seguiu os protocolos exigidos pelos governos brasileiro e alemão e, que, na investigação, serão apuradas e demonstradas a conduta "regular e lícita" do espaço. (Veja nota na íntegra ao final da matéria) O assunto veio à tona em 27 de novembro, quando o Instituto Chico Mendes (ICMBio) divulgou que todas ararinhas-azuis que estavam em vida livre na Bahia - o total de 11 animais - testaram positivo para o circovírus. Na terça-feira (2), o ICMBio informou que, além das 11 aves, outras 20 foram diagnosticadas com o mesmo vírus. Polícia Federal deflagra operação para investigar vírus em ararinhas-azuis na Bahia Polícia Civil Na ocasião, a gestão do Criadouro Ararinha Azul refutou a informação do ICMBio, e disse que apenas 5 aves estão com o circovírus, conforme demonstrado em ao menos um exame. O criadouro ressaltou que as demais 98 aves mantidas no espaço testaram negativo para o vírus. A instituição ainda afirmou que trabalha há mais de 15 anos para a conservação da espécie, que segue protocolos rígidos de biossegurança e que considera as acusações infundadas. Ararinha-azul: espécie considerada uma das mais raras do planeta está ameaçada de extinção. A ave é a mesma representada na animação 'Rio' 📲 Clique aqui e entre no grupo do WhatsApp do g1 Bahia Nesta quarta-feira, a Polícia Federal deflagrou a operação Blue Hope para investigar o caso e informou que apreendeu aves e dispositivos eletrônicos nos imóveis vistoriados. A PF ainda informou que o criadouro investigado resistiu às medidas emergenciais que foram determinadas pelo ICMBio, como o isolamento sanitário, testagem seriada e recolhimento das aves em vida livre. Os investigados poderão responder pelos crimes de: disseminação de doença capaz de causar dano à fauna; matar animais da fauna silvestre; obstrução de fiscalização ambiental. As penas, somadas, podem chegar a oito anos de reclusão, além de sanções administrativas. Multa de R$ 1,8 milhão Aararinhas-azuis do Criadouro Científico para Fins Conservacionistas do Programa de Reintrodução da Ararinha-azul Camile Lugarini Após a detecção de circovírus em uma ararinha-azul, em maio deste ano, o ICMBio instaurou o Sistema de Comando de Incidente para gerenciar a emergência do circovírus. O objetivo é impedir a disseminação do vírus para as aves da região. Nas vistorias foram feitas em parceria com o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) e a Polícia Federal, foi constatado que os protocolos de biossegurança não estavam sendo seguidos pelo criadouro para fins científicos do Programa de Reintrodução da Ararinha-Azul. Com isso, o Criadouro Ararinha-azul, empresa que gerencia o espaço em Curaçá, foi multado no valor aproximado de R$ 1,8 milhão Dentre as medidas exigidas, constava a limpeza e a desinfecção diária das instalações e dos utensílios, incluindo os comedouros onde era fornecida alimentação diária às aves de vida livre, os quais se encontravam extremamente sujos, com acúmulo de fezes ressecadas. Também foi determinada a obrigatoriedade do uso de equipamentos de proteção individual pelos funcionários, porque eles foram flagrados com chinelos, bermuda e camiseta durante o manejo dos animais. O que diz a empresa "A defesa do Criadouro Ararinha-azul informa que a Polícia Federal apreendeu celulares e computadores de funcionários da empresa, e que as aves permanecem no criadouro, aos cuidados dos colaboradores e sob a tutela do Estado. Ressalta que mantém total tranquilidade em relação à operação sobre o circovírus no Brasil e acrescenta que a investigação já era esperada, pois foi o próprio criadouro quem comunicou a detecção do vírus a todos os órgãos ambientais, em maio de 2025. A primeira detecção do circovírus ocorreu em um filhote de ararinha-azul nascido em vida livre, e não em cativeiro. O criadouro sempre atendeu todas as normas de biossegurança e ressalta que todas as 103 ararinhas que vivem no local estão recebendo os cuidados apropriados, com bom estado clínico geral. Também é importante assinalar que as ararinhas, como os demais Psitacídeos Tropicais, são especialmente resistentes ao circovírus. No âmbito da investigação, serão apuradas e demonstradas a conduta regular e lícita do criadouro em todos os aspectos, uma vez que sempre seguiu rigorosamente todos os protocolos exigidos pelos governos brasileiro e alemão. O único ponto de divergência do criadouro com o ICMBio foi sobre a captura das ararinhas em vida livre, que apresentaram testes negativos. A empresa entrou com uma ação na Justiça e conseguiu uma liminar para a suspensão da captura. Depois da manifestação do ICMBio, o juiz revogou a liminar e a notificação administrativa de captura foi cumprida no prazo de 20 dias pelo criadouro. Por fim, confiamos que as investigações conduzidas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal resultarão no completo esclarecimento dos fatos e, posteriormente, a idoneidade da empresa será reconhecida pela Justiça. Esperamos que, após as investigações, o projeto de criação, manejo e preservação da espécie no Brasil, de tamanha relevância para o meio ambiente, possa continuar." "LEIA TAMBÉM: Pesquisadores repovoam norte da Bahia com araras-azuis-de-lear Filhotes de ararinha-azul nascem no sertão baiano após 37 anos Veja mais notícias do estado no g1 Bahia. Assista aos vídeos do g1 e TV Bahia 💻

FONTE: https://g1.globo.com/ba/bahia/noticia/2025/12/03/policia-federal-cumpre-mandados-de-busca-e-apreensao-para-investigar-virus-em-ararinhas-azuis-na-bahia.ghtml


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